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sábado, 11 de junho de 2016

REGADOR

Regador
Domingo, 12 de junho de 2016 – Tempo Ordinário – Lc 8. 22-25

I - Puxando pela memória: O lago da travessia do barco da cena em questão situa-se a 200 metros abaixo do nível do mar e próximo à montanha, um lugar propício para a formação de tormentas repentinas não ignoradas pela maioria dos discípulos uma vez que eram pescadores de profissão. Talvez, alguns deles já haviam passado por situação parecida e quem sabe conheciam histórias desastrosas com vítimas fatais. A narrativa apresenta um início absolutamente trivial, uma travessia de barco e um momento de descanso de Jesus na companhia de seus amigos. A mudança rápida e violenta do tempo provoca igual mudança no humor dos discípulos. À furiosa manifestação do vento e das águas encapeladas revela-se um grupo de homens medrosos, inseguros e impotentes. Seguramente há aqui a manifestação de uma cosmovisão que associe ao fenômeno natural uma conspiração maligna. O fato é que Jesus está no barco e dorme profunda e serenamente em meio à borrasca. Ao ser despertado Jesus manifesta o seu Senhorio sobre a ordem criada, uma vez que tudo foi feito por meio dele e para Ele. Sem Ele nada existiria, pois dele e para Ele são todas as coisas. Ao seu comando a natureza inanimada prontamente obedece e a bonança logo se faz sentir. O texto tem a intenção de revelar exatamente o Senhorio de Jesus quer sobre a natureza quer sobre as influências que ela possa sofrer por iniciativa do mal, segundo a cosmovisão dos discípulos. Jesus censura-lhes a incredulidade e a falta de confiança porque a esta altura, depois de testemunhar tantas maravilhas, deveriam estar descansados com a simples presença do Senhor. Há uma inescapável aplicação aqui. O barquinho frágil da nossa vida também sofre tormentas repentinas, ataques furiosos do inimigo e não raras vezes os temores e os tremores, exteriores e interiores nos assaltam paralisando a nossa caminhada. Aqui devemos nos dissemelhar dos discípulos e não imitar parte de sua conduta. Somos convidados a descansar na certeza de nossa união com Cristo e de sua presença em nossa vida e em nosso meio, como prometido, até a consumação dos séculos. Todavia, se a impotência e o medo nos assaltarem, imitemos então os discípulos, e “importunemos” e “acordemos” o Senhor. Como? Pela oração, pelo clamor ingente e insistente, pela súplica contínua e pela confiança em suas promessas. Estejamos seguros que ao som de sua voz, ao seu mandar, em sua autoridade, não há tempestade que resista e a bonança logo vem!

II – Provocando: Quais são as situações que você mais teme e em que circunstâncias você se sente mais frágil e impotente? Quando elas surgem você tem a sensação que Jesus parece dormir ou estar ausente? O que você sente de fato? Você se lembra e apela para as promessas dele? Você tem alguma experiência concreta em que venceu o medo pela oração? Diga fatos concretos.

III – Bebendo na fonte: Leia as perguntas 178 a 186 do Catecismo Maior e responda: Qual o ensinamento geral sobre a oração, sua natureza, circunstâncias e motivações?

IV – Leituras Bíblicas: Seg.: Fp 4.6; Ter.: Lc 18; Qua.: 1 Jo 5. 14; Qui.: Cl 4.3; Sex.: 1 Tm 2.1,2; Sáb.: Hb 13.15.
V – Hinos: Seg.: HNC 141; Ter.: HNC 146; Qua.: HNC 254; Qui.: HNC 137; Sex.: HNC 137; Sáb.: HNC 93.

VI – Literatura:A séria alegria da oração” – Richard T. Zulch. Ed. Os Puritanos.

Oração:

Derrama, ó Deus, um espírito de oração e clamor sobre o teu povo, de modo que quando as tormentas da vida se nos abaterem, nossos corações permaneçam firmes e constantes nas promessas do Teu Cristo, na autoridade e no nome de quem oramos, agora e sempre amém!” (Coleção a oração dos pobres – Paulus).

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