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sábado, 22 de outubro de 2016

BOLETIM CONGREGAÇÃO PRESBITERIANA DO CALVÁRIO

BOLETIM 
CONGREGAÇÃO PRESB. DO CALVÁRIO



LITURGIA DO CULTO

LITURGIA DO CULTO
23 DE OUTUBRO DE 2016.


CANTINHO DA ORAÇÃO IPC-ITAPIRA

CANTINHO DA ORAÇÃO IPCI
Rev. Luiz Fernando e família; Presbíteros, Diáconos e famílias; Sem. Hélber e família; Cleber Cavalari (família); Helena Tellini (saúde); Ida (saúde); Maria Zanelato (saúde e desaparecimento do filho Nilson); Saulo Camilo (saúde); Jacir Cordeiro (saúde); Edite Bologna (saúde); Marcelo Bologna e família; Roseli Bologna e Zildo Silva (saúde); Virgílio Avancini (saúde); Edmee e família; Teonilio Lellis e Benedita Rizzi (saúde); Joelma (saúde, irmã da Jane); Nilton Tadeu (saúde); Cláudio Marcos (saúde); Paulo Zelante e família; José Evaristo (saúde); Donisete e Maria (conversão, pais Tais Hara); João Jangelm (saúde); Thiago Rizzi (saúde), Josias Novaes (saúde), Ricardo Samogin (saúde); Hilda Rigoni (saúde); Patrícia Margarido (saúde), Beatriz (problemas pessoais, prima Beth Manoel); Adesenir e família; Assunção Maria (saúde, esposa Jadyr Canavezi), Firmino O. Vieira (saúde); Maria Rosa R. Pereira (saúde), Adriana Rizzi (saúde), Jefferson Pupo (saúde, filho Neusa Pupo); Neusa Pupo (saúde); Maria da Penha Sartorelli, Jamila Sartorelli; Odila (saúde, mãe do Balduco); Rute Camilo (saúde); Matheus Balduco (emprego).


AVISOS IPC-ITAPIRA

AVISOS IPCI

23/10 – Dia do Grande Ofertório, traga seu alimento.

27/10 – 20h00 Curso de Missiologia, capacitação módulo XI.

28/10 – 20h00 Reunião de Oração dos Homens.

19/11 – 19h30 Culto em inglês.


ANIVERSARIANTES IPC-ITAPIRA

ANIVERSARIANTES IPCI

23/10 – Geraldo Pupo C. Neto
Lívia Moraes de Oliveira
26/10 – Ariane Cardoso G. Rigotti
27/10 – Vanessa e Aritan Bastão

Que nosso grande Deus derrame ricas Bênçãos sobre todos!!!

MENSAGEM PASTORAL

Reformalatria
“Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos. E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste. Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres” (Ap 2.2-5).

O teólogo francês João Calvino gostava de ensinar, com sólida base bíblica, que o coração do homem é uma fábrica de ídolos. Sempre que o nosso coração se distancia milímetros de seu apego a Cristo, inevitável e imediatamente ele fabrica uma incontável multidão de deuses que desejam lutar dentro dele por cada nicho e cada altar, eclipsando assim a figura de Jesus Cristo. Também com uma data tão auspiciosa como a abertura das comemorações dos 500 anos dos inícios da Reforma Protestante, pode e seguramente, nos oferece a ocasião para grosseira idolatria. Há mesmo quem esteja até festejando o fato de o Papa Francisco participar dessas comemorações na Suécia ou ainda sinta-se valorizado e reconhecido porque um grupo de peregrinos luteranos foi recebido com uma imagem de Lutero na Sala de audiências Paulo VI no Vaticano um dia desses. Entretanto, quais são os reais perigos de uma ‘Reformalatria’? O primeiro deles me parece ser ainda aquele de pensar que antes de 31 de outubro de 1517 não havia cristianismo, igreja e evangelho no mundo. Acreditar que do capítulo final de Atos 28 até os dias de Lutero a obra de Deus permaneceu numa espécie de animação suspensa e a história da igreja não passa de uma tragédia religiosa repleta de hereges e ofensas dirigidas a Deus em forma de culto. Na verdade, a Reforma aconteceu porque esses e outros erros existiam mesmo. Mas existiam não num vácuo, mas na dinâmica da vida da igreja estabelecida que durante a sua história produziu pela graça de Deus homens e obras extraordinários e a Reforma apenas intentou, vinda do mesmo Deus, corrigir tais erros. Mesmo porque, os Reformadores eram homens que viviam dentro daquela igreja histórica. O segundo perigo é o da canonização dos Reformadores. Pensar e acreditar quer eram todos perfeitos, homens que viviam em virtudes extraordinárias, quase super-humanos. Atribuir a eles inerrância e infalibilidade porque chegaram a algumas posições e interpretações bíblicas ou doutrinárias, faz-nos incorrer no mesmo crime e erros daqueles que invocam a Tradição ou o magistério Papal como autoridade equivalente às Escrituras. Isso também é idolatria. Não restam dúvidas, nossos Reformadores foram usados por Deus como instrumentos para o início e a continuação e sistematização da Reforma e muitas de suas contribuições são perenes. Mas eles não inventaram a roda, talvez, no máximo a descobriram e melhoraram o seu uso. Um terceiro perigo é o de se desejar repetir acrítica e anacronicamente o estilo de culto, o tipo da liturgia, cantos e usos e costumes da igreja dos séculos 16, 17 e 18, como os únicos aceitáveis por Deus e os únicos capazes de dar à Igreja uma identidade cristã. É um erro pensar que devemos pregar usando de maneira absoluta os mesmos métodos e conceitos de comunicação e transmissão de conteúdos desde o púlpito ou a mesma didática da época para a catequese (o conteúdo, esse sim, perene). Também é um erro pensar numa forma única de estética para o templo e a própria ação litúrgica. Evidentemente que os elementos de culto empregados pelos reformadores são indeléveis e inegociáveis, mas não porque fossem por eles estabelecidos, mas porque são Bíblicos e se encontram presentes nos dois cânones das Escrituras e foram firmemente estabelecidos por Deus. Uma quarta sedução à idolatria é concluir que em nossos dias não existam contribuições válidas para a igreja e que tudo se encontra tão perdido e corrompido que só uma volta radical ao passado glorioso de nossos heróis pode nos salvar. Além de pretencioso esse pensamento é ingênuo, para não dizer infantil. Os nossos dias trazem consigo não só inúmeros e inimagináveis oportunidades, como também ferramentas maravilhosas, um acúmulo de conhecimento sistematizado que os Reformadores jamais sonharam possuir. Pesquisas científicas avançadas nas áreas da história, arqueologia, línguas antigas, antropologia cultural e etc., nos fazem penetrar com muito mais profundidade as maravilhas da Bíblia. Novas Universidades, novos e equipados seminários, a enorme profusão de editoras e novos autores, teólogos e pesquisadores nos enchem de esperança quanto ao futuro da Igreja. Mas, nenhuma idolatria é mais perigosa do que esquecer que Cristo é o Senhor e Cabeça da Igreja. Que Ele é o mais interessado em sua eterna juventude, vitalidade, pureza e fidelidade. Que Ele mesmo é quem empodera essa igreja por meio do seu Espírito, que levanta, comissiona e envia homens, pecadores e frágeis, para continuar reformando e restaurando a vida da igreja até o dia em que Ele mesmo, em pessoa, virá busca-la e a conduzirá para um tempo em que as Reformas já não serão necessárias e nem mesmo relembradas. 
Reverendo Luiz Fernando é 
ministro reformado na Igreja Presbiteriana Central de Itapira

sábado, 8 de outubro de 2016

BOLETIM CONGREGAÇÃO PRESBITERIANA DO CALVÁRIO

BOLETIM
CONGREGAÇÃO PRESB. DO CALVÁRIO



LITURGIA DO CULTO

LITURGIA DO CULTO
09 DE OUTUBRO DE 2016.


CANTINHO DA ORAÇÃO IPC-ITAPIRA

CANTINHO DA ORAÇÃO IPCI

Rev. Luiz Fernando e família; Presbíteros, Diáconos e famílias; Sem. Hélber e família; Cleber Cavalari (família); Helena Tellini (saúde); Ida (saúde); Maria Zanelato (saúde e desaparecimento do filho Nilson); Saulo Camilo (saúde); Jacir Cordeiro (saúde); Edite Bologna (saúde); Marcelo Bologna e família; Roseli Bologna e Zildo Silva (saúde); Rubens Chaves (problemas pessoais); Virgílio Avancini (saúde); Edmee e família; Teonilio Lellis e Benedita Rizzi (saúde); Joelma (saúde, irmã da Jane); Nilton Tadeu (saúde); Cláudio Marcos (saúde); Paulo Zelante e família; José Evaristo (saúde); Donisete e Maria (conversão, pais Tais Hara); João Jangelm (saúde); Thiago Rizzi (saúde), Josias Novaes (saúde), Ricardo Samogin (saúde); Hilda Rigoni (saúde); Natanael Leitão (saúde); Patrícia Margarido (saúde), Adonay Ganan; Beatriz (problemas pessoais, prima Beth Manoel); Adesenir e família; Assunção Maria (saúde, esposa Jadyr Canavezi), Firmino O. Vieira (saúde); Maria Rosa R. Pereira (saúde), Lígia Di Creddo (saúde); Adriana Rizzi (saúde), Ivan Chaves (emprego); Jefferson Pupo (saúde, filho Neusa Pupo); Neusa Pupo (saúde); Maria da Penha Sartorelli, Jamila Sartorelli; Odila (saúde, mãe do Balduco); Rute Camilo (saúde); Sidnéia (saúde).

AVISOS IPC-ITAPIRA

AVISOS IPCI

15/10 às 14h00 – Tarde feliz na Cong. do Istor Luppi: Jesus, a nossa alegria.
Arrecadação de doces para ser entregue na programação do dia das crianças. Entregar para Vanessa ou Dani.

20/10 – 19h30 Eleição da Junta Diaconal.

ANIVERSARIANTES IPC-ITAPIRA

ANIVERSARIANTES IPCI

09/10 – Marta Sales Bueno

MENSAGEM PASTORAL

Rumo aos 500 anos
“Cuidado para que ninguém vos venha enredar com sua vã filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo” (Cl 2.8).

Comemoramos nesse mês de outubro os 499 anos da Reforma Luterana, movimento que deu início à Reforma da Igreja, desde Wittemberg para todo o continente europeu. São quase infinitas as possiblidades de abordagem e exploração deste tema. Da política, passando pelas artes, filosofia, ciências, economia, antropologia, religião, não houve área da vida humana que não fosse tocada pelas consequências nascidas da redescoberta das Escrituras. Da reforma do culto segundo a Palavra surgiu uma nova compreensão sobre o homem e sua existência. Talvez tudo tenha começado por um fenômeno que ficou conhecido entre os eruditos por ‘desmagiamento’ da realidade. Na idade média, como a Teologia, a Igreja e a Religião consistiam no centro da vida do homem, mas uma Teologia sem a Bíblia, uma Igreja carcomida pela corrupção e pela sede de poder e uma Religião sem entendimento, produziam uma cosmovisão supersticiosa e escravizante. Tudo era entendido em termos de maldição, pecado, demônios e aquilo que não podia ser explicado era reputado como uma realidade sobrenatural, geralmente de mau agouro. Assim, toda a vida era passada em temores, medos infundados e desarrazoados. O casamento era considerado um pecado consentido. A mendicância e a pobreza indignas, uma questão de vocação e penalidade, bem como o trabalho braçal uma punição, uma maldição. A riqueza e a nobreza um direito divino que legitimava o autoritarismo e as muitas desumanas arbitrariedades dentro e fora da Igreja. O Papa, os bispos e padres eram tomados por seres quase angélicos, divinos, e que estavam acima de qualquer questionamento. A santidade só era possível a esses, aos monges, freiras e um ou outro excêntrico. Todos os demais estavam entregues a uma espécie de loteria ou esperavam ser sorteados num tipo de consórcio para a vida eterna. Os mais abastados e alguns desesperados tentavam comprar o céu mediante as indulgências. Claro, o poderoso e inescrupuloso clero da época associado a outros poderosos preocupados com o seu ‘status quo’, lucravam muito com essa ignorância e esse estado mágico das coisas. A Reforma não tirou a Teologia, a Igreja e a religião do centro da vida das pessoas, não. O que a Reforma fez foi dar a inteligência da fé pelo conhecimento das Escrituras, a fim de que o homem pudesse ter uma compreensão moldada pelas verdades da Palavra. Isto é, fez ver ao homem qual era o plano original de Deus deturpado e degenerado por mentes e corações vazios de Deus e de seu conhecimento. Com a retomada do estudo e da pregação das Escrituras, a Teologia, a Igreja e a Religião foram se purificando e voltando às suas raízes. Como consequência inevitável o casamento, por exemplo, deixou de ser visto como um mal menor, um pecado consentido, mas foi assumido como uma bênção paradisíaca a que todos tinham o direito de desfrutar para serem felizes. A pobreza e a mendicância deixaram de ser uma vocação e um infortúnio fatalista e passaram a ser tratados como uma questão de justiça social, política pública e dever da igreja e dos abastados em socorrer. O trabalho, interpretado como maldição, como peso, foi reconhecido como um meio para a realização da sublime vocação à santidade e o meio próprio e legítimo de proteção social, justiça e promoção da vida. O clero passou a ser visto como a vocação especial de alguns homens comuns, pecadores redimidos, que eram reconhecidos, aceitos e autorizados pelos próprios cristãos, para que na autoridade de Deus e por delegação dos fiéis, comissionados e encarregados do pastorado. Homens cuja a autoridade não vinha de um posto, cargo, título ou comenda, mas da humilde e nobre fidelidade ás Escrituras no serviço aos irmãos.  Os “super crentes”, os excêntricos, os monges e as freiras, logo perderam sua áurea e passaram a destoar da paisagem. Também uma nova visão política aos poucos foi surgindo. O jugo de Roma quanto a religião também desprendeu-se dos reis, príncipes e governantes que aderiram à Reforma. Muitas cidades-Estados, bem como territórios aderiram à um sistema político, que pode ser entendido, como a semente da democracia moderna. Um sistema em que o povo se fazia representar por pessoas ilustres e ao mesmo tempo, podia escolher sob quais leis queria viver. A história comprova que uma sociedade que reputa à Teologia, a Igreja e a Religião uma total e completa irrelevância, a ponto de bani-la, como o fizeram os Estados totalitários, falham tanto quanto àqueles que desejam uma teocracia que não se deixa moldar e oxigenar pelas Escrituras. Da Reforma aprendemos que qualquer um que queira sujeitar os homens a si usando a Teologia, a Igreja ou a Religião, peca contra Deus e torna esses mesmos entes desnecessários e perigosos até. A Reforma desejou devolver ao homem uma consciência iluminada e ataviada apenas em Deus, para que cada um, depois de conhecer a verdade, escolhesse de que maneira viveria melhor a sua liberdade e sua história em face do mundo.

Reverendo Luiz Fernando 
Ministro Reformado da Igreja Presbiteriana Central de Itapira

sábado, 1 de outubro de 2016

BOLETIM CONGREGAÇÃO PRESBITERIANA DO CALVÁRIO

BOLETIM 
CONGREGAÇÃO PRESB. DO CALVÁRIO




LITURGIA DO CULTO

LITURGIA DO CULTO
02 DE OUTUBRO DE 2016.


CANTINHO DA ORAÇÃO IPC-ITAPIRA

CANTINHO DA ORAÇÃO IPCI

Rev. Luiz Fernando e família; Presbíteros, Diáconos e famílias; Sem. Hélber e família; Cleber Cavalari (família); Helena Tellini (saúde); Ida (saúde); Maria Zanelato (saúde e desaparecimento do filho Nilson); Saulo Camilo (saúde); Jacir Cordeiro (saúde); Edite Bologna (saúde); Marcelo Bologna e família; Roseli Bologna e Zildo Silva (saúde); Rubens Chaves (problemas pessoais); Virgílio Avancini (saúde); Edmee e família; Teonilio Lellis e Benedita Rizzi (saúde); Joelma (saúde, irmã da Jane); Nilton Tadeu (saúde); Cláudio Marcos (saúde); Paulo Zelante e família; José Evaristo (saúde); Donisete e Maria (conversão, pais Tais Hara); João Jangelm (saúde); Thiago Rizzi (saúde), Josias Novaes (saúde), Ricardo Samogin (saúde); Hilda Rigoni (saúde); Natanael Leitão (saúde); Patrícia Margarido (saúde), Adonay Ganan; Beatriz (problemas pessoais, prima Beth Manoel); Adesenir e família; Assunção Maria (saúde, esposa Jadyr Canavezi), Firmino O. Vieira (saúde); Maria Rosa R. Pereira (saúde), Lígia Di Creddo (saúde); Adriana Rizzi (saúde), Ivan Chaves (emprego); Jefferson Pupo (saúde, filho Neusa Pupo); Neusa Pupo (saúde); Maria da Penha Sartorelli, Jamila Sartorelli; Odila (saúde, mãe do Balduco); Rute Camilo (saúde); Sidnéia (saúde).

AVISOS IPC-ITAPIRA

AVISOS IPCI

04 à 06/10 – 19h30 Semana de Oração:
Terça – Junta Diaconal
Quarta – SAF e Dep. Infantil
Quinta – Rev. Luiz Fernando
04/10 – 20h30 Reunião com a equipe do Retiro de Carnaval 2017.
06/10 – 20h30 Reunião prévia do encontrão UMP 70/90.
15/10 – 19h00 Assembleia Extraordinária do Samaritano no Pavilhão Social da Igreja:
1) Admissão de novos associados
2) Eleição de tesoureiro e secretário
3) Proposta de mensalidade: R$10,00

ANIVERSARIANTES IPC-ITAPIRA

ANIVERSARIANTES IPCI

03/10 – Nilda Rodrigues P. Soares
04/10 – Marjourie de O. Tenório
08/10 – Íris Guzelotto Alves

Que nosso grande Deus derrame ricas Bênçãos sobre todos!!!

MENSAGEM PASTORAL

Para que serve o Diácono?
“Como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mateus 20.28).


Vimos nas outras duas pastorais que há dois oficiais na igreja que por disposição divina compartilham o governo e o pastorado da igreja, o presbítero docente (pastor, um oficial especializado em ensinar e pregar) e o presbítero regente (um membro nato da igreja eleito por ela para o governo espiritual). Ambos compartilham e cooperam entre si, a seu modo, num colegiado, o governo e o cuidado pastoral das ovelhas. Hoje trataremos de um outro oficial igualmente imprescindível para a vida da comunidade de fé. Este não participa efetivamente do pastoreio, do ensino e da disciplina da igreja, mas coopera e possui autoridade para governar o povo de Deus com os presbíteros. Participa ativamente do governo em forma de socorro, assistência social, administração da justiça, administração dos bens temporais da igreja e a manutenção da boa ordem, decoro e decência nas dependências comuns da comunidade. Não são oficiais de uma categoria inferior. Não há hierarquia na igreja reformada, em graus, como acontece na igreja católica romana e na igreja anglicana, por exemplo. São oficiais que possuem um chamado, uma ordenação e uma autoridade para o exercício de seu ministério numa outra esfera. Suas prementes preocupações não são as do ensino, da ministração da doutrina, de corrigir os erros doutrinários e vigiar e zelar pela ortodoxia da igreja. Também não faz parte de suas ocupações habituais, confrontar o pecado, admoestar, julgar, corrigir e disciplinar os faltosos, não de maneira jurisdicional, como acontece no caso dos presbíteros. Dentre as mais essenciais funções de um diácono, com base no livro de Atos dos Apóstolos capítulo seis, é a proposição do evangelho em forma de socorro e cuidado dos pobres, das viúvas, dos órfãos e andarilhos. A apresentação da face social do Evangelho concretizada no atendimento das necessidades humanas, materiais, básicas dos irmãos da igreja e também dos que a ela se reportam com seus queixumes. É o exercício da misericórdia combinada com o fazimento da justiça, de maneira generosa, transbordante e eficaz. Cabe aos diáconos organizar a caridade e a justiça na igreja por meio de ações concretas, planos de ação e condução de ministérios e organizações que captem recursos, donativos, doações e voluntários para que não haja necessitados, desassistidos e marginalizados, quer entre nós, quer ao nosso redor, na sociedade onde estamos inseridos. Outra função preciosa que deve ser assumida pelos diáconos é a administração dos recursos da igreja. Recursos para a manutenção do templo, das dependências dedicadas ao ensino e a educação cristã e o pagamento de funcionários e fornecedores. Os diáconos devem assumir o controle, conservação, manutenção, reposição e aquisição de mobílias, equipamentos, ferramentas, utensílios de cozinha, material de escritório e etc. Essa atribuição é essencial para que os presbíteros, como pastores que são, dediquem-se efetivamente ao pastorado, orando, ministrando a palavra, visitando os lares, cuidando das ovelhas e fazendo avançar o Reino por meio do crescimento sadio da igreja. Também a boa ordem, a paz e a tranquilidade do recinto para o bom andamento do culto e das outras atividades é uma obrigação dos diáconos. Para que pastores e ovelhas não tenham sua atenção comprometida com os essenciais da palavra, no culto e no estudo, os diáconos, segundo o turno de seus pares, devem atender e garantir que haja um ambiente propício para a adoração e edificação. Claro, os diáconos, como cristãos que são, maduros e frutuosos, também devem se ocupar da evangelização pessoal, do discipulado e os que possuem dons naturais, do ensino na Escola Bíblica Dominical, pequenos grupos e por aí vai. Visitar os pobres, consolar os abatidos, encorajar os fracos e estimular os irmãos também são nobres ocupações a que os diáconos podem e devem dedicar-se. Há mais no oficialato diaconal do que ficar à porta, distribuir boletins, cuidar dos carros no estacionamento. Na verdade, essas são funções para as quais a ordenação e a investidura não são necessárias. Mas, as outras todas acima elencadas, são ações pelas quais o exercício da autoridade em nome de Cristo, o diácono do Pai, são requeridas para que os irmãos vivam no amor, pois como ensina o antiquíssimo hino “Ubi caritas”, ‘onde o amor e a caridade Deus aí está’.
 Rev. Luiz Fernando Dos Santos
 é Ministro da Igreja Presbiteriana Central de Itapira