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sábado, 17 de dezembro de 2016

REGADOR

Regador
4º Domingo do Advento, 18 de dezembro de 2016 – Cor: róseo – Lc 1. 26-38

I – Puxando pela memória: O Evangelho lido nessa noite é o que poderíamos chamar de preparação imediata para a celebração do Natal. Nesta perícope encontramos a densidade do evento da Encarnação do Verbo de Deus, toda a teologia envolvida e a fundamentação bíblica e história para a comemoração do Natal. Muitas são as lições que podemos apreender. Quando Isabel estava no sexto mês de gravidez, o arcanjo Gabriel visitou Maria na cidade de Nazaré, entrando onde ela estava. Os elementos sobrenaturais dão a dimensão exata da intervenção de Deus na história humana. Um anjo, um ser celestial que é portador de uma notícia inaudita e maravilhosa da parte de Deus. A gravidez de uma virgem sem concurso humano, sem relação sexual, sem a contribuição seminal de José. A fecundação é realizada no ventre lacrado de Maria pela descida do Espírito Santo sobre ela. O mesmo Espírito que esteve na criação e a tudo chamou á existência do nada. Esse mesmo Espírito, agora “cria” no ventre de Maria o corpo de carne d’Aquele que é ‘incriado’, sempre existente, Deus bendito para sempre. Neste evento todas as profecias, a uma, são cumpridas. O messias, Rei-descendente de Davi que inaugura um governo indestrutível para a Casa espiritual de Israel, aqui chamada de Jacó que é na verdade a Igreja de Cristo. E ainda, somos desafiados pelo exemplo de Maria em sua entrega, submissão e alegre obediência ao Senhor. O que há para ser apreendido nessa texto? 1. A historicidade do Natal. Há um tempo, locais e pessoas envolvidas. O sexto mês de uma gravidez, uma localidade geográfica: Nazaré, um contrato de casamento em andamento e a responsabilidade e liberdade moral de uma pessoa: Maria. 2. É o cumprimento maravilhoso e miraculoso de uma promessa bíblica já aguardada desde Gn 3.15, passando por Isaías 7, 9, 11 e sempre aguardada como firme fundamento da esperança de Isarel. O tempo de espera está chegando ao fim. Simeão dará testemunho disso em Lucas 2. 29 ss. 3. O parto virginal de Jesus atesta a sua divindade, Jesus é Deus, a segunda pessoa da Trindade bendita. Sempre foi e sempre o será. Não foi “messianizado”, não foi adotado com Filho, veio a ser o Cristo. O Verbo que era Deus (e nunca deixou de ser) se fez carne e habitou entre nós. 4. A fé, conquanto busque a inteligência e reclame conhecimento, é aperfeiçoada e revela-se poderosa na submissão, na entrega, na pronta e humilde obediência, ainda que nem todas as coisas estejam claras. Maria creu no impossível dos homens e no possível de Deus, descansando o seu coração nas promessas do Senhor que estão ancoradas nas perfeições de seu caráter santo. Com esse texto, somos convidados a celebrar com alegria o fato histórico, sobrenatural, real e maravilhoso do Natal renovando a nossa fé nas infalíveis promessas de Deus que nunca decepcionam a nossa esperança.

II – Provocando: O que significa para você a celebração do Natal? Como você entende o plano da salvação a partir desta cena da anunciação do anjo a Maria? Da atitude de Maria em face da notícia, questione-se se você tem sido submisso e obediente quando o Senhor o chama a viver uma circunstância onde você não tem o controle e nem entende muito bem. Você tem agido a exemplo dela?

III – Leituras Bíblicas: Seg.: Jo 1. 1-14; Ter.: 1Jo 4. 2-3; Qua.: 2 Jo 1.7; Qui.: Rm 1.13; Gl 4.4; Sex.: Is 7. 10-16; Sáb.: Is 9. 1-7.

IV – Hinos: Seg.: HNC 54; Ter.: HNC 253; Qua.: HNC 252; Qui.: HNC 251; Sex.: HNC 248; Sáb.: HNC 249

V – Literatura: A História das Doutrinas Cristãs; L. Berkhof. Ed. Cultura Cristã.

Oração:
“Deus eterno e cheio de bondade, que nos preparastes ao longo desses dias para festejarmos dignamente a vinda de vosso Filho para nos salvar, concedei-nos viver sempre em vossa amizade, aguardando na feliz esperança o advento de Cristo, nosso Salvador. Que convosco vive e reina para sempre. Amém.” (Eucológio Romano)


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